segunda-feira, 6 de abril de 2015

A DIVINDADE E A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO

Talvez este seja um dos temas mais polêmicos da Teologia Cristã. Muitos crêem que Jesus foi apenas um homem, outros que foi Deus em aparência humana e, outros, que foi Deus e homem ao mesmo tempo.
Se nos detivermos em uma Teologia realmente bíblica certamente concordaremos que ele foi Deus e homem ao mesmo tempo. Ele não foi gerado por homem, porém pelo Espírito Santo; manifestou poderes divinos sobre a vida, o universo, a natureza; declarou ser o próprio Deus e foi apresentado a discípulos seus como sendo o filho amado de Deus. Declarou-se o único gerado por Deus e, ressuscitado, voltou aos céus e sentou-se à direita de Deus.
No entanto, o grande problema com o qual nos deparamos não é o reconhecimento de que era Deus e homem, porém o conhecimento teológico de como isto se tornou realidade.
Mesmo com aparência de tanta dificuldade para compreensão, a explicação teológica é relativamente simples se considerarmos o que encontramos na Bíblia a respeito do Espírito de Cristo. O apóstolo Paulo se refere ao Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus e, ao mesmo tempo, o Espírito de Cristo (Rm 8.9); Jesus foi gerado pelo Espírito Santo (Mt 1.18); enquanto homem, aqui no mundo, o Espírito Santo habitou plenamente em Jesus Cristo, a ponto de não poder ser dados aos seus discípulos enquanto não foi glorificado (Jo 7.39; 20.22).
A divindade de Jesus Cristo não estava em seu corpo, porém em seu espírito. Foi gerado como homem e, por isso, era realmente homem. Porém o seu espírito era o próprio Espírito de Deus e, por isso continuou a ter a sua natureza divina. Fisicamente era homem e espiritualmente era Deus. Por isso, na sua crucificação houve a necessidade de o Espírito de Deus deixá-lo e o Senhor Jesus ter se sentido desamparado. Para morrer ele precisou ser totalmente homem. Caso contrário não poderia morrer, considerando-se que Deus é eterno.

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