segunda-feira, 9 de maio de 2011

A MORTE E A RESSURREIÇÃO DO CRENTE, E A VOLTA DO SENHOR JESUS

Baseado em 1 Tessalonicenses 4:13-18; 5:1-11
Sabemos pela carta do apóstolo Paulo que a igreja de Tessalônica era composta de crentes em Jesus Cristo, convertidos através da pregação de um evangelho autêntico e que eles levaram este evangelho a muitas outras pessoas. Que era uma igreja que havia guardado a fé verdadeira, dando provas disso e fazendo com que o apóstolo Paulo ficasse tranquilo e feliz por constatar que o seu trabalho não foi em vão (3:5-7).
Mas sabemos, também pelo contexto da carta, que os crentes de Tessalônica tinham dúvidas a respeito da vinda do Senhor Jesus e da ressurreição dos mortos, o que certamente chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo através de informações do pastor Timóteo que fora enviado por Paulo àquela igreja com a finalidade de confortá-los e exortá-los a respeito da fé (3:1,2).
Demonstrando ser importante para o crente em Cristo o conhecimento a este respeito para a vida cristã, apesar de a falta de conhecimento não fazer do crente uma pessoa perdida, o apóstolo Paulo incluiu em sua carta importantes informações para a nossa firmeza e estabilidade espiritual.

A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO E A RESSURREIÇÃO DOS SALVOS 4:13,14

Os crentes de Tessalônica eram ignorantes a respeito do que acontece aos crentes que morrem antes da vinda do Senhor Jesus e, por isso, ficavam tristes sem motivos. Por ignorância não sabiam o que acontecia e onde estariam os crentes que morrem.
Ignorância é falta de conhecimento e a falta de conhecimento pode acontecer por falta de informação, por desprezo à informação, ou por recebimento de informação deturpada. Certamente os de Tessalônica tiveram informação a respeito do que chamamos teologicamente de “escatologia”, ou seja, da ressurreição dos mortos e da volta do Senhor Jesus. Não era característica do apóstolo Paulo deixar de ensinar a respeito de algo. Desprezo à informação também não seria provável, porque eram crentes atentos à pregação do evangelho e dedicados ao próprio evangelho. Resta, então, informação deturpada, o que era muito provável, considerando que os judeus eram muito ativos em destruir a fé daqueles que criam em Jesus e, com muita probabilidade, trabalhavam entre os crentes para enfraquecer-lhes a fé. Continuavam salvos, não perderiam a salvação por falta de conhecimento do assunto, mas perdiam a alegria e se entristeciam em demasia, sem motivos, igualando-se em tristeza àqueles que não criam na ressurreição dos mortos.
O apóstolo Paulo lembra, então, um elemento essencial da fé cristã: Cristo ressuscitou dos mortos. Estabeleceu nesta verdade a base para o desenvolvimento de um raciocínio bastante lógico, o de que se Cristo morreu e ressuscitou, logo os que morreram em Cristo (Paulo utilizou o verbo dormir ao invés de morrer) serão, também, trazidos com Ele quando voltar. Se não crermos que os crentes em Cristo ressuscitarão, estaremos, também, deixando de crer que Jesus ressuscitou e voltará.

CRISTO VOLTARÁ E REUNIRÁ TODOS OS SALVOS  4:14-18

A igreja universal de Cristo existe somente no sentido espiritual. A existência literal, como a congregação de todos os salvos por Jesus Cristo, é impossível enquanto ele não voltar, pois teria que congregar todos os crentes de todos os tempos e lugares. De todos os lugares até poderia ser, mas de todos os tempos seria impossível por causa exatamente dos que já dormiram no Senhor, que já partiram para a presença de Deus, para o reino celestial.
Como isto acontecerá? O apóstolo Paulo ensina o que é pela palavra do próprio Senhor Jesus (v. 15).
1.                  Deus tornará a trazer com Cristo os que já dormiram nele (v.14) quando ele voltar descendo do céu com grande grito de ordem, com a voz de comando do arcanjo e com o som da trombeta anunciando que está chegando (v. 14,16). Com ele ressurgirão (anistemi no grego), retornarão à realidade da vida aqueles que partiram salvos por Jesus Cristo. Neste texto o verbo “ressuscitar” tem o sentido de “alguém que já partiu, que já morreu, reaparecer, ressurgir.” Cristo voltará acompanhado de todos os seus seguidores que já terão partido.
2.                  Os salvos que estiverem vivos serão arrebatados para estarem juntos com os salvos (v. 17). Haverá um encontro de todos os salvos com o Senhor nos ares, e todos estarão para sempre com o Salvador. Este texto é muito utilizado pelos que gostam de falar ou pensar a respeito do que chamam de “arrebatamento da igreja”. Realmente há referência ao arrebatamento, mas é bom lembrarmos que: a) A figura da igreja está implícita no texto e não explícita. O apóstolo Paulo faz referência aos que “morreram em Cristo”; ou seja, os que morreram salvos por Jesus Cristo. E se refere, também, a Jesus como Senhor. Isto significa que serão arrebatados os que foram salvos por Jesus Cristo, que o têm como Senhor de suas vidas e que, a igreja verdadeira é composta somente por estes. Se alguém estiver na igreja somente por tradição, como quem faz parte de um grupamento religioso, sem ter experiência de conversão, sem entrega de vida a Jesus Cristo, certamente não virá com Cristo dos céus nem será arrebatado com os salvos se ainda estiver vivo na sua volta. Não é no juízo final que a situação de salvação será definida, mas na morte antes da vinda de Cristo e no arrebatamento dos salvos. Quando Cristo assentar em seu trono e julgar a todos, tudo já estará definido quanto aos salvos e não salvos.

O MOMENTO DA VOLTA DE CRISTO – 5:1-11

 Desejar saber quando aconteceria a volta do Senhor seria uma conseqüência natural daqueles que leram as explicações do apóstolo Paulo. Até hoje existem especulações sobre o tempo da volta de Jesus.
Mas o apóstolo continua ensinando, agora sobre o tempo da sua vinda.
1.                  A volta de Cristo será repentina – v. 2. A figura do ladrão entrando em uma casa à noite, ou assaltando uma pessoa no caminho, representa algo que acontece inesperadamente. Em Mt 24.43 encontramos Jesus ensinando a este respeito e dizendo que se o pai de família soubesse a hora em que o ladrão invadiria sua casa, vigiaria e não deixaria acontecer.
2.                  A volta de Cristo acontecerá quando o mundo pensar que está em paz e em segurança – v. 3. O homem busca a paz e segurança por seus próprios meios, desprezando a paz e a segurança que Cristo oferece. Humanamente falando haverá o dia em que conseguirá. Mas, descansados e sentindo-se seguros, entrarão em tormenta e condenação repentina.

3.                  Os filhos da luz devem estar preparados – v. 4-11. O mundo será surpreendido com a volta de Cristo, receberá a repentina destruição e sentira dores como a mulher que dá à luz um filho. Mas os crentes em Cristo não podem ser surpreendidos como os que estão em trevas pois devem estar bem preparados para a vinda do Senhor Jesus. Como filhos da luz, devemos assumir atitudes apontadas pelo apóstolo Paulo: a)      Precisamos vigiar e ser sóbrios – v. 6-8. Se somos da luz, se estamos na claridade do dia espiritual, não podemos dormir como os que estão na noite, nas trevas. O crente tem que estar com seus olhos da alma abertos todo o tempo, sem descansar, para viver preparado para a vinda do Senhor, ou para o dia em que irá encontrá-lo. b)      Precisamos vestir a armadura de Deus – v. 8. Nesta carta o apóstolo resume os elementos da armadura (à qual se refere também na carta aos Efésios) a três elementos somente: a fé, o amor e a esperança da salvação. Comparou a fé e o amor à couraça, elemento da armadura que protegia o coração das investidas do inimigo. Precisamos guardar nossos corações. É essencial que amemos a Deus de todo o nosso coração (Deuteronômio 6:5  Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.). Se o nosso coração se degenerar, se for seduzido pelo mal, deixaremos de amar a Deus. E como receberemos o Senhor Jesus sem amar a Deus? E como podemos guardar o nosso coração? Com a fé verdadeira, a fé em Jesus Cristo, a fé no Salvador. E, também, com o amor. Tendo inteira confiança no Senhor Jesus Cristo e mantendo acesa a chama do amor em nossos corações, não seremos alcançados em nossos corações pelo inimigo. Poderemos ficar feridos, mas nunca seremos derrotados e surpreendidos fora do caminho de Cristo. Com os corações protegidos a vida em Cristo estará preservada. Mas a cabeça, o cérebro, a mente, também é vital. Precisamos raciocinar corretamente. Precisamos analisar as investidas do inimigo, precisamos estudar a Palavra de Deus e conhecê-la cada vez mais para reconhecermos acertadamente as ações que devemos tomar diante do inimigo. Como guardaremos a nossa mente, se é através dela que o inimigo nos ataca? Guardando-a com a esperança da salvação. A salvação tem que ser uma realidade realizada em nosso ser. Convictos de que somos salvos por Jesus Cristo através do sacrifício dEle e da purificação dos nossos pecados pelo seu sangue, nossa mente fica imbatível e prosseguimos confiantes naquele que é o nosso Senhor. c)       Precisamos nos auxiliar uns aos outros – v. 11. Um dos motivos de existirem as igrejas de Cristo é o auxílio espiritual mútuo. Somos um povo que precisa estar unido na fé, no amor a Deus e ao irmão em Cristo, ao semelhante. Precisamos estar prontos a nos auxiliarmos a nos firmarmos na fé e na vida cristã. O cambaleante precisa ser amparado, soerguido e isto é tarefa de todos nós.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUEM É DEUS?

O termo Deus que usamos para designar o ser supremo que adoramos vem do grego  Theos e serve, também, para traduzir geralmente a expressão El, do hebraico, que era a designação para uma divindade. Serve, ainda, para traduzir 'Elohim e Elyon, também do hebraico, que eram as designações mais comuns do Deus único, eterno e criador, cujo nome pessoal é Yahweh.
     Tem sido um termo mal empregado por muitos que desconhecem ou rejeitam a existência do Deus verdadeiro, como é o exemplo de adeptos das idéias de Platão que pensava em Deus como sendo a mente eterna, a causa do bem na natureza. Outros definiam Deus como sendo a existência completa de todo ser e que cada ser seria apenas uma derivação dele. Filó-sofos mais modernos também empregaram o termo de forma errada, tais como Fichte, para quem Deus era apenas a ordem moral do universo; ou como Hegel que considerava Deus o espírito absoluto porém sem consciência, até que se torne consciente na razão e pensamentos do homem; ou, ainda, Augusto Comte, para quem Deus era a própria humanidade ou sociedade na sua amplitude.
     Hoje continuam existindo as mais diversas idéias a respeito de Deus no meio chamado cristão e, até mesmo, no meio chamado evangélico. Há os que pensam que Deus tem uma mãe, outros que pensam que Deus é a natureza, outros que pensam que Deus é um ser completamente transcendente (distanciado de tudo). Outros, ainda, pensam que é somente um poder espiritual imanente no universo e uma força criadora em forma de energia.
     Enfim, não há verdade na expressão tão corriqueira de que o nosso Deus é o mesmo Deus de todas as pessoas. Quem é Deus, de fato? À luz da Bíblia podemos conhecer o que Deus revelou dEle mesmo a nós.

DEUS É O SER ETERNO
Gên 21.33; Isa 40.28; Sal 90.2

Esta é a primeira característica do Deus verdadeiro e é uma característica que é peculiar a ele somente. Deus não é um ser eterno, mas é o ser eterno. Ele é único. Não tem princípio nem terá fim; sempre existiu e sempre existirá. Não há qualquer outro ser no universo que seja como Deus, porque mesmo os que foram criados por Ele e passaram a ter uma existência sem fim, um dia, ao serem criados, tiveram um princípio. Assim são os seres celestiais (mesmo os que caíram); assim são os seres humanos. Suas existências se prolongarão pela eternidade, porém em alguma época tiveram um princípio.
     No entanto, Deus não é assim. Ele é eterno. Os patriarcas sabiam disso. Abraão, seus descendentes, Moisés, os profetas, os apóstolos, adoravam e serviam ao Deus eterno. O apóstolo Paulo declarou que ele é o único que possui imortalidade (1Tim 6:16). O próprio Deus decla-rou sua eternidade a Moisés, quando este perguntou a quem deveria anunciar aos hebreus como seu mandatário e recebeu a seguinte resposta: “EU SOU O QUE SOU. (...) Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.” (Êxodo 3:14).
     Uma interessante observação que é feita por Henry Clarence Thiessen, autor de Palestras em Teologia Sistemática, editada pela Imprensa Batista Regular, São Paulo, é que Deus “é a causa do tempo” (pág. 77). Lembra que tanto espaço quanto tempo estão entre as coisas que foram feitas por ele.


DEUS É O SER ONIPRESENTE
Sl 139.7-12; Jer 23.23,24; At 17.27,28

Deus pode estar, ao mesmo tempo, em todos os lugares do universo, pode estar junto de cada ser humano, está em cada crente em Cristo. Sua pessoa transcende o espaço e não é restrito a lugares.
     Deve-se ter o cuidado, no entanto, para não se pensar como os panteístas ou os naturalistas que crêem que Deus está, necessariamente, em todas as coisas ou em toda a natureza. Também não se pode pensar que Deus está obrigatoriamente em lugares onde as características são contrárias à sua natureza moral. Deus pode interferir, mas não tem que estar, inerte, observando ou sendo obrigado a participar do que não deseja participar (Amós 5.23).

DEUS É O SER ONISCIENTE
Sal 147.5; Prov 15.11; ; Heb 4.13

Há uma idéia tacanha a respeito da onisciência de Deus: a de que ele é onisciente porque conhece a mente do homem. Alguns até desen-volveram a idéia de que Satanás não conhece a mente do homem porque ele não é onisciente.
     Se a onisciência de Deus fosse somente isto, seria muito pouco. Deus é onisciente porque conhece todas as coisas, em todos os lugares e em todos os tempos. Ainda é Thiessen quem diz: “Com onisciência de Deus queremos dizer que ele conhece a si próprio e todas as outras coisas, quer sejam reais ou apenas possíveis, quer sejam passadas, presentes ou futuras, e que ele as conhece perfeitamente e por toda a eternidade. Ele conhece as coisas imediata, simultânea, completa e verdadeiramente. “(Op. cit., Pág 78)
     Talvez o que mais possa caracterizar Deus como o ser onisciente, seja a sua capacidade de conhecer a si próprio de modo total e completo. Quem seria capaz de conhecer Deus em sua totalidade a não ser ele próprio?

DEUS É O SER ONIPOTENTE
Gn 17.1; Mt 19.26; Ap 19.6

Tiessen lembra que “para o cristão, a onipotência de Deus é uma fonte de grande conforto e esperança” (op. cit. p. 80). E realmente o é. Ser servo daquele que tem todo o poder em todo o universo é algo confortante e maravilhoso. No entanto, deve ser observado que há o outro lado da moeda: para os descrentes, para os que rejeitam Deus e sua soberania, a sua onipotência é sinônimo de pavor porque é a indicação infalível para verdade que um dia todo joelho se dobrará diante dele (Fp 2.10).
     Não precisamos ficar a analisar demoradamente o que seria onipotência, uma vez que a expressão é precisa em indicar o seu próprio significado: todo o poder, poder total. Deus é o único ser em todo o universo que tem e detém para si todo o poder (Sl 62.11). O poder pertence a ele somente, não existindo nenhum outro ser em todo o universo que divida o poder com ele, Deus. A onipotência de Deus é manifestada na sua vontade infinita, que é capaz de fazer tudo o que deseja, de criar tudo do nada.



Mas precisamos analisar alguns aspectos dessa onipotência de Deus que tem sido mal compreendida ou mal observada por tantos.

1. A onipotência de Deus não o obriga a fazer coisas que sejam contrárias à sua natureza.

Lewis Sperry Chafer, em sua obra de Teologia Sistemática, Vol I, editada pela Imprensa Batista Regular, São Paulo, 1986, diz: “A capacidade divina de criar um universo a partir do nada através da vontade é a grande manifestação de poder. Tal poder só pertence a Deus. Ele é capaz de fazer tudo o que deseja, mas ele pode não desejar agir na medida plena de sua onipotência. Sua vontade é dirigida para fins santos e dignos. Ele não pode se contradizer” (pág. 178). Ele não pode mentir (Hb 6.18); ele não pode negar-se a si próprio (2Tm 2.13); ele não pode praticar pecado (Tg 1.13). Se Deus, para provar o seu poder fizesse essas coisas, deixaria de ter a natureza que tem, na qual não pode existir qualquer resquício de malignidade. Tiessen afirma que Deus “pode fazer qualquer coisa que esteja em harmonia com a sua natureza” (p. 79).


2. A onipotência de Deus não o obriga a fazer o que ele não desejar.

Ele deixaria de ser onipotente se fosse obrigado a fazer qualquer coisa ou, até mesmo, se fosse obrigado a deixar de fazer qualquer coisa. O poder de Deus lhe dá a condição de se auto-limitar e isto porque só ele próprio poderia criar limites para si, sendo isto impossível para qualquer outro ser no universo. Aliás, essa é a grande luta de Satanás contra Deus: limitar Deus no seu poder ou desvirtuar o poder de Deus. Essa é a luta que vemos no episódio da criação, mas vemos também ali, Deus mantendo sua onipotência. Sendo onisciente, Deus já sabia que o homem pecaria, mas se deixasse de criar o homem para que este não pecasse, estaria sendo limitado não por si próprio, mas por Satanás que levaria o homem a pecar. Se criasse o homem sem capacidade de escolher suas próprias atitudes, também estaria sendo limitado por Satanás, uma vez que desejava criar um ser que seria à sua imagem e à sua semelhança. O plano de salvação estabelecido por Deus antes mesmo da criação do mundo é uma manifestação da natureza de Deus incomparável. Ele manteve a sua onipotência porque criou o homem e manteve a capacidade de escolha do homem apresentando-lhe duas escolhas consecutivas e conseqüentes: a primeira escolha seria não morrer; e a segunda escolha (já que o homem escolheu morrer) seria o homem receber de volta a vida. Tanto a soberania onipotente de Deus, quanto a liberdade de escolha do homem foram mantidos na criação e no plano de salvação. Deus só fez o que ele desejou fazer e não deixou de fazer o que queria.

3. A onipotência de Deus é eterna. 

Quando ensinava como o servo de Deus deve orar, Jesus declarou que ao Pai pertence o reino, e o poder, e a glória, para sempre (Mat 6.13); o apóstolo Paulo, escrevendo sua carta aos da igreja de Roma, declara que o poder de Deus é eterno (Rom 1.20). Não é uma característica de Deus que pode cessar. O poder de Deus não é um poder limitado ao tempo, porém dura para sempre. Se fosse limitado ao tempo não seria onipotência pois, de alguma maneira, teria um limite.


4. A onipotência de Deus é declarada na natureza.

Lembrando, ainda, das palavras do apóstolo Paulo aos romanos, observamos que o poder de Deus pode ser compreendido e claramente visto através das coisas que foram criadas. Nenhum outro ser poderia criar o universo, as coisas que vemos e as que não vemos. Há pessoas que pensam na natureza como se ela própria tivesse um poder pessoal e, até mesmo, como se fosse onipotente. No entanto, toda a natureza, em sua complexidade infinita, manifesta que um ser todo-poderoso criou todas as coisas, organizando-as sob todos os aspectos.