segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A TEMPORALIDADE E A HUMANIDADE DE CRISTO

Há pouco tempo, conversando com um grupo de crentes em Cristo, foi levantada a seguinte questão: “Jesus voltou para o céu como homem ou como Deus?” Expus meu pensamento, o de que Ele voltou de posse da sua divindade que foi abandonada quando deixou a eternidade e se fez homem.
Assunto por demais interessante, me levou a pesquisar diversos autores de estudos teológicos a respeito de Jesus e observei que dois grandes teólogos se dividem nas opiniões a respeito deste assunto. Strong crê que Jesus voltou para o céu totalmente Deus e Chaffer crê que Jesus voltou para o céu como homem e Deus. Strong utiliza textos bíblicos em extensa argumentação e Chaffer apenas utiliza sua crença pessoal em breve argumentação.
Após examinar pensamentos de teólogos tão reconhecidamente sábios nas Escrituras, continuei com o pensamento de que Cristo voltou para o céu na plenitude da sua divindade, deixando a sua humanidade para trás.
Mas o assunto continua na minha mente, não como uma dúvida, porém no desejo de encontrar mais bases bíblicas além das apresentadas por Strong. Hoje estava lendo o evangelho de João, profundo em cristologia, e me deparei com as seguintes palavras de Jesus dirigidas aos judeus: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Voltei rapidamente a João 1:14 e li: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” Rapidamente em minha mente surgiram as seguintes questões: (1) Quem habitou? (2) Como habitou? (3) Onde habitou? Questões que nos levam, inquestionavelmente, à visão de que a humanidade de Jesus foi temporária. Senão, vejamos.
1. Quem habitou entre nós não é era deste mundo. Não era antes de vir a este mundo e não era também enquanto esteve neste mundo. Ele se fez homem, mas continuou não sendo deste mundo. O Cristo, que se chamou Jesus quando veio ao mundo, nunca foi e nunca será deste mundo. Ele será sempre Deus, acima de todas as coisas, governando todas as coisas, estabelecendo a Sua justiça sobre todos. Quem habitou entre nós foi o único gerado do Pai, diferente de todos os homens, porque não foi criado por Deus, porém gerado por Ele. Por isso ele disse estando ainda neste mundo: “Eu sou de cima.”
2. A habitação do único gerado de Deus foi temporária. Ele não veio para ficar definitivamente, nem para ser homem definitivamente. Se ele não é deste mundo, não poderia sair deste mundo como se fosse dele. Em João 1.14 a palavra grega utilizada e traduzida por “habitou” é skenoo que significa viver em uma tenda. Uma tradução bastante literal, significando melhor o que João escreveu seria “E o Verbo se fez carne, e acampou entre nós". Cristo não fixou residência definitiva, porém habitou temporariamente entre nós.
3. O único gerado de Deus habitou entre os que são criaturas terrenas de Deus. Ele disse: “Vós sois de baixo” indicando que somos de outra realidade que Ele, de outro lugar. A expressão “entre nós”, utilizada por João também denota isto. Ele habitou entre seres que foram feitos por Deus, enquanto Ele saiu de Deus (João 8:42).O que se conclui é que Jesus nunca foi homem como nós, da nossa mesma linhagem, vindo de Adão. Ele se fez homem à parte de nós. Habitou em nosso meio como homem diferente de nós em uma habitação temporária que deixou ao retornar para o seio daquEle de quem saiu.

A TEMPORALIDADE E A HUMANIDADE DE CRISTO

Há pouco tempo, conversando com um grupo de crentes em Cristo, foi levantada a seguinte questão: “Jesus voltou para o céu como homem ou como Deus?” Expus meu pensamento, o de que Ele voltou de posse da sua divindade que foi abandonada quando deixou a eternidade e se fez homem.
Assunto por demais interessante, me levou a pesquisar diversos autores de estudos teológicos a respeito de Jesus e observei que dois grandes teólogos se dividem nas opiniões a respeito deste assunto. Strong crê que Jesus voltou para o céu totalmente Deus e Chaffer crê que Jesus voltou para o céu como homem e Deus. Strong utiliza textos bíblicos em extensa argumentação e Chaffer apenas utiliza sua crença pessoal em breve argumentação.
Após examinar pensamentos de teólogos tão reconhecidamente sábios nas Escrituras, continuei com o pensamento de que Cristo voltou para o céu na plenitude da sua divindade, deixando a sua humanidade para trás.
Mas o assunto continua na minha mente, não como uma dúvida, porém no desejo de encontrar mais bases bíblicas além das apresentadas por Strong. Hoje estava lendo o evangelho de João, profundo em cristologia, e me deparei com as seguintes palavras de Jesus dirigidas aos judeus: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Voltei rapidamente a João 1:14 e li: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” Rapidamente em minha mente surgiram as seguintes questões: (1) Quem habitou? (2) Como habitou? (3) Onde habitou? Questões que nos levam, inquestionavelmente, à visão de que a humanidade de Jesus foi temporária. Senão, vejamos.
1. Quem habitou entre nós não é era deste mundo. Não era antes de vir a este mundo e não era também enquanto esteve neste mundo. Ele se fez homem, mas continuou não sendo deste mundo. O Cristo, que se chamou Jesus quando veio ao mundo, nunca foi e nunca será deste mundo. Ele será sempre Deus, acima de todas as coisas, governando todas as coisas, estabelecendo a Sua justiça sobre todos. Quem habitou entre nós foi o único gerado do Pai, diferente de todos os homens, porque não foi criado por Deus, porém gerado por Ele. Por isso ele disse estando ainda neste mundo: “Eu sou de cima.”
2. A habitação do único gerado de Deus foi temporária. Ele não veio para ficar definitivamente, nem para ser homem definitivamente. Se ele não é deste mundo, não poderia sair deste mundo como se fosse dele. Em João 1.14 a palavra grega utilizada e traduzida por “habitou” é skenoo que significa viver em uma tenda. Uma tradução bastante literal, significando melhor o que João escreveu seria “E o Verbo se fez carne, e acampou entre nós". Cristo não fixou residência definitiva, porém habitou temporariamente entre nós.
3. O único gerado de Deus habitou entre os que são criaturas terrenas de Deus. Ele disse: “Vós sois de baixo” indicando que somos de outra realidade que Ele, de outro lugar. A expressão “entre nós”, utilizada por João também denota isto. Ele habitou entre seres que foram feitos por Deus, enquanto Ele saiu de Deus (João 8:42).O que se conclui é que Jesus nunca foi homem como nós, da nossa mesma linhagem, vindo de Adão. Ele se fez homem à parte de nós. Habitou em nosso meio como homem diferente de nós em uma habitação temporária que deixou ao retornar para o seio daquEle de quem saiu.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A GARANTIA DA SALVAÇÃO

Pouco se discute hoje a respeito de salvação, muito menos a respeito da garantia da salvação. O homem ficou tão voltado para a materialidade que pouco, ou nunca, pensa na sua parte espiritual, a sua alma. Por isso não pensa na salvação dela e vive uma religiosidade voltada para o aqui e agora. Uma religiosidade que "salva" somente no nível material.
Também, por se pensar pouco na salvação da alma, pouco se pensa na garantia da salvação. Vive-se religiosidades as mais diversas como se através do exercício religioso a salvação pudesse ser alcançada. Ora, o que é para ser alcançado através de um exercício não tem garantia de ser alcançado.
No entanto, Jesus Cristo foi quem alcançou a nossa salvação e foi ele, também, quem garantiu e continua garantindo a nossa salvação. Em João 5.24 lemos de Jesus afirmando: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." Ele afirmou a garantia da salvação para quem crê na providência de Deus para a sua salvação, dando ouvidos às palavras dEle. Afirmou, também, a garantia da salvação em três tempos, o que a torna irrefutável: No presente - "Tem a vida eterna". No futuro - "Não entrará em condenação". No passado - "Passou da morte para a vida."

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A FÉ QUE LEVA À MORTE

Um dia desses estava preparando um sermão sobre a vida eterna como uma dádiva de Deus a todo o que crê em Jesus como o Filho de Deus. Fui pesquisar novamente a palavra pisteuo no grego, que é traduzida por crer, e fiquei impressionado com o que aconteceu no Éden. O leitor poderia perguntar porque o texto de João 3:16 teria a ver com o de Gênesis 3:1-6, mas se continuar lendo compreenderá.

Pisteuo é fé intelectual, fé com conhecimento. Ou seja, para ser salvo, para ter a vida eterna, uma pessoa precisa ter fé em Jesus conhecendo quem ele é. Por isso Jesus disse a Nicodemos que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo a aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jesus queria que Nicodemos soubesse que ele não era apenas um homem de Deus, um profeta, um pregador que poderia dizer como chegar à vida eterna, mas que ele era o Único Filho de Deus, enviado ao mundo com a finalidade de conceder vida eterna, como manifestação máxima do amor de Deus. Queria que Nicodemos cresse nele sabem exatamente em quem e porque estava crendo. Só assim ele seria salvo.

E o que tem isso a ver com a queda do homem? Tem que, primeiramente, Deus queria que o homem tivesse fé consciente na sua palavra. Por isso avisou o homem o motivo pelo qual não deveria comer do fruto. Poderia somente ter ordenado que não comesse, mas o homem não teria a fé, a confiança consciente na palavra dEle. Em segundo lugar, tem que Satanás se empenhou para que o ser humano perdesse a fé na palavra de Deus e a substituísse por uma fé na palavra dele, o enganador. Uma palavra mentirosa, mas uma palavra. Observe-se que Satanás não poderia incutir uma fé no homem. A fé é algo íntimo, pessoal. Por isso argumentou mentindo quanto ao motivo que Deus proibiu que comessem do fruto e utilizou de artifício intelectual para despertar no homem o desejo para comer o fruto. Um desejo enganoso, um desejo trabalhado na mente e nos sentidos do homem. Satanás conseguiu que o homem tivesse uma fé consciente na palavra dele, uma fé para a morte.

Satanás não mudou a sua tática. Só mudou as situações e os lugares. Hoje continua influenciando a humanidade para abraçar diversos tipos de fé que são falsas, que levam à perdição eterna.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A EXPERIÊNCIA COM DEUS E O EXERCÍCIO DOS DONS NA UNIDADE DA IGREJA

Romanos 12:1-8

Depois de exortar os crentes da Igreja de Roma, tanto judeus quanto gentios, ensinando-lhes a respeito de práticas e conhecimentos coerentes com o cristianismo verdadeiro, divergentes entre os dois grupos, o apóstolo Paulo passou a discorrer a respeito da visão da igreja como sendo um só corpo em Cristo e da prática dos dons do Espírito Santo para o bom funcionamento do corpo.

É sobre estes dons e a prática deles que estaremos estudando com a finalidade de estarmos sempre nos colocando como uma igreja verdadeira e eficiente para a eficácia da nossa existência.

1. ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA QUE A IGREJA EXPERIMENTE A VONTADE DE DEUS – v. 1,2

A vontade de Deus é soberana e imutável. É sempre boa, agradável e perfeita no sentido de ser completa, mas somente para aqueles que:

1. Se apresentam a Ele. A palavra grega utilizada pelo apóstolo Paulo é paristemi, composta de para que significa por, e histemi que significa permanecer de pé e era utilizada também para a maneira que pessoas deveriam se colocar diante de autoridades. Ou seja, o apóstolo estava rogando aos crentes que estivessem voluntariamente se colocando firmes e reverentemente diante de Deus com propósito de permanência e com reconhecimento da autoridade suprema dEle. Como escrevia para crentes que se originavam do paganismo ou do judaísmo, mostra que este posicionamento voluntário diante de Deus era o sacrifício requerido por ele e não sacrifícios manifestados através de quaisquer atitudes religiosas. Também estava ensinando que esta é a adoração (utilizou a expressão grega latreia) racional, lógica, que concorda com a razão.

2. Se transformam pela renovação do entendimento. O crente em Cristo é uma nova criatura, as coisas velhas passaram e vive uma nova vida. No entanto ele continua sendo o mesmo ser, regenerado mas o mesmo ser. Traz uma carga de entendimentos, de costumes, de ensinamentos que são conforme o mundo, a sociedade sem Cristo. Precisa se transformar, se metamorfosear. Por isso precisa se exercitar em renovar o seu entendimento, a sua mente, a sua compreensão das coisas. Precisa se exercitar em deixar que a mente de Cristo (1Coríntios 2:16) o conduza na compreensão das Escrituras, nos ensinamentos do próprio Senhor Jesus. No entanto isto só acontecerá se o crente não se conformar com os padrões deste mundo . Não se conformar com a forma, a aparência, o comportamento, o discurso, as ações, a forma de vida, etc. (suschematizo). Ou seja, o crente precisa ser inconformado com os padrões deste mundo para que possa renovar o seu entendimento e renovando o seu entendimento estar perfeitamente diante de Deus.

2. ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA A PERFEITA UTILIZAÇÃO DOS DONS DO ESPÍRITO SANTO – v. 3-8

Existem alguns elementos que são essenciais para que a igreja de Cristo funcione perfeitamente de acordo com as suas características e objetivos.

1. A convicção de que fazemos parte de um corpo. O apóstolo fala diretamente a respeito da necessidade de reconhecimento de que somos muitos membros mas somos um só corpo em Cristo e que somos membros uns dos outros (v. 5). Mas os membros são elementos operacionais, que trabalham, que exercem funções para que todo o corpo cumpra a sua função de agir como um ser. Na igreja as funções não são aleatórias, escolhidas pelos próprios membros, assim como em um corpo não é. Um braço não é braço porque desejou ser. Por isso devemos reconhecer que fazemos parte de um corpo e que devemos cumprir as funções que Cristo nos determinou ao colocar-nos como parte integrante do seu corpo.

2. O abandono da soberba. Quando o apóstolo Paulo escreveu “cada um dentre vós não saiba mais do que convém saber” utilizou a palavra phroneo que significa ter uma opinião de si mesmo. Há uma medida de fé que Deus reparte a cada um (v. 3) e não devemos nos arvorar muito sábios, nem devemos confiar na nossa própria fé como achamos que a temos. Também não devemos nos sentir muito capacitados mas somente dependentes de Cristo, da capacitação que vem dele.

3. O exercício dos dons como eles são. É Deus quem concede os dons e é Deus quem define os dons. A igreja de Cristo se transforma em um corpo desorganizado, sem coordenação e sem possibilidade de alcançar seus objetivos quando os dons não são exercitados corretamente. O apóstolo Paulo relaciona sete dons e define o seu exercício em poucas palavras.

a) Profecia – de profeteia no grego. Significa “discurso que emana da inspiração divina e que declara os propósitos de Deus.” O que tem o dom de profecia anuncia a Palavra de Deus e é inspirado por Deus. Não é um adivinhador, nem um prognosticador, mas alguém que recebe a Palavra de Deus e tem a incumbência de transmiti-la a quem Ele deseja que ouça. O apóstolo Paulo ensina que quem tem este dom tem uma medida, tem um limite. Para a palavra que foi traduzida por “medida”, o apóstolo utilizou a palavra analogia, composta de ana que significa entre limites, dentro de, e logia, derivada de logos que na Bíblia é a Palavra de Deus. Ou seja, a profecia não pode ser conforme a palavra do próprio pregador, nem pode ser conforme a palavra de homens, mas tem que estar limitada dentro da Palavra de Deus. Jesus definiu que as Escrituras são a Palavra de Deus (João 10:35) e declarou que a Palavra de Deus é a verdade.

b) Diaconia – Enquanto profecia é pregação, é anunciação, diaconia é serviço, é prática. É um dom definido pela própria palavra que significa “colocar comida na mesa”. Claro que a expressão foi ampliada nas igrejas de Cristo e os diáconos foram se ocupando do socorro aos necessitados não somente de alimentos, mas de vestimentas, de medicamentos etc. O apóstolo Paulo diz que se o dom é o diaconato, que não haja desvirtuamento e que seja exatamente o seu exercício. Nossas versões substituíram a expressão por “ministrar”, mas ficou uma expressão vaga, sem sentido. Uma igreja de Cristo tem muito mais possibilidade de agir como um corpo quando os que têm este dom o exercem dentro de suas características.

c) Ensino – Tradução da palavra didasko que significa principalmente “conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos”. Ser um professor. Este dom do Espírito Santo não tem nada a ver com funções seculares. Nem sempre um bom professor na vida secular é um bom professor na igreja. É um dom essencial para o crescimento do corpo de Cristo, para aqueles que não se conformam com os padrões do mundo e que desejam se transformar pela renovação do entendimento.

d) Consolação – Preferimos definir este dom como sendo o de conforto ao invés de exortação porque perdeu-se o significado real da palavra e pensa-se atualmente que exortar é falar com rispidez. Mas a palavra utilizada pelo apóstolo Paulo é parakaleo que significa estar junto confortando, consolando, encorajando e fortalecendo pela consolação. Ninguém deve sentir-se melhor ou maior que outro porque tem este dom. Deve apenas exercê-lo de maneira correta e com dedicação. O que Deus pode fazer através de irmãos que têm este dom é algo que não se pode descrever. Quantos estavam enfraquecendo e foram fortalecidos pela palavra de alguém que tem o dom de consolação. Quantos estavam entristecidos e encontraram a alegria pela companhia e pelas palavras de um irmão que agiu conforme o dom que Deus lhe concedeu.

e) Repartir – A palavra que o apóstolo Paulo utilizou é metadidomi que significa compartilhar com, repartir. Talvez seja um dos dons mais difíceis de ser exercitado, principalmente nestes tempos em que o ser humano se torna cada vez mais individualista. Mas precisa ser exercitado com liberalidade por quem o tem. Exercitado sem medo porque se Deus concede o dom, também concede a possibilidade de ser exercido. Quem reparte terá sempre o que repartir.

f) Presidir – A palavra é proistemi que, conforme dicionário grego, significa “estar à frente, estar sobre, superintender, ser um protetor ou guardião, cuidar, dar atenção a.” Na realidade é tudo o que um presbítero deve ser: Um bispo e pastor. O apóstolo Paulo ensina que quem tem este dom deve exerce-lo empenho e muita seriedade (spoude). Presidir, superintender, proteger o corpo de Cristo é algo que depende de muita dedicação e é algo muito sério. Mas, quem tem este dom deve sempre se lembrar que é capacitado pelo Espírito Santo e deve deixa-lo agir em sua vida.

g) Misericórdia – No grego eleeo que significa ter misericórdia de, ajudar alguém aflito ou que busca auxílio, levar ajuda ao miserável. Um dom difícil de ser exercitado, mas que deve ser vivido com alegria e prontidão em servir (hilarotes), conforme os ensinamentos do apóstolo Paulo.

CONCLUSÃO

1. Só experimenta a agradável vontade de Deus em sua vida aquele que se apresenta diante dEle, esvaziando-se de si mesmo e dos conceitos do mundo. É necessário extrapolar os limites estabelecidos pelo mundo e se enquadrar nos limites estabelecidos por Deus. É uma questão de opção.

2. A compreensão do crente precisa ser diferente da compreensão do mundo. O mundo jaz no maligno, o crente deve estar diante de Deus e sendo conduzido por Ele. Nunca haverá coerência entre Deus e o mundo.

3. Quem deseja participar positivamente do corpo de Cristo deve deixar a soberba de lado e deve aceitar com alegria o exercício do dom ou dos dons que Deus lhe concede. Se cada um desempenhar o dom concedido pelo Espírito Santo, a igreja será um corpo sadio, coerente e organizado conforme os desejos de Deus.

4. Cada dom do Espírito Santo é específico e ao crente só cabe aceita-lo ou não. Em aceitando, precisa desempenha-lo da melhor maneira possível.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A vida eterna é uma questão de obediência a Deus

A vida eterna é concedida por Deus a todo aquele que crê no seu único Filho gerado, Jesus Cristo. Está em João 3:16. É concedida a todo aquele que dá ouvidos às palavras de Cristo e, consequentemente, crê naquEle que o enviou, Deus o Pai. Está em João 5.24.
A questão é: O que é crer em Deus, o que é crer em Jesus Cristo? Em Teologia crer não é o mesmo que saber, nem etmologicamente. Saber é somente conhecer intelectualmente, é ter registrado na mente algum tipo de conhecimento. Crer é um conhecimento que gera uma entrega. É dar crédito.
Quando falava a nicodemos de sua missão sacrificial no mundo, Jesus disse que da mesma maneira que Moisés levantara a serpente no deserto, assim importava que o Filho do Homem fosse levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna (João 3:14,15). Ele se referia ao episódio da cura do povo no deserto somente por olhar para a serpente de metal que fora levantada e colocada ao alto, em lugar bem visível. Havia uma ordem e quem obedecesse ficaria curado.
Os Evangelhos registram um episódio de um homem que procurou Jesus querendo saber como herdaria a vida eterna. Depois de mostrar ao homem que ele não guardava de fato os mandamentos, Jesus deu-lhe uma ordem, a de que vendesse todos os bens e doasse as pobres e se colocasse como seu discípulo. O texto de Marcos diz que ele deixou a presença de Cristo contrariado e o abandonou sem ter a vida eterna. O motivo da sua contrariedade e do seu abandono foi porque possuía muitos bens. Mas, na realidade, ele deixou de obedecer à ordem de Cristo. Se tivesse obedecido teria recebido a vida eterna.