Há pouco tempo, conversando com um grupo de crentes em Cristo, foi levantada a seguinte questão: “Jesus voltou para o céu como homem ou como Deus?” Expus meu pensamento, o de que Ele voltou de posse da sua divindade que foi abandonada quando deixou a eternidade e se fez homem.
Assunto por demais interessante, me levou a pesquisar diversos autores de estudos teológicos a respeito de Jesus e observei que dois grandes teólogos se dividem nas opiniões a respeito deste assunto. Strong crê que Jesus voltou para o céu totalmente Deus e Chaffer crê que Jesus voltou para o céu como homem e Deus. Strong utiliza textos bíblicos em extensa argumentação e Chaffer apenas utiliza sua crença pessoal em breve argumentação.
Após examinar pensamentos de teólogos tão reconhecidamente sábios nas Escrituras, continuei com o pensamento de que Cristo voltou para o céu na plenitude da sua divindade, deixando a sua humanidade para trás.
Mas o assunto continua na minha mente, não como uma dúvida, porém no desejo de encontrar mais bases bíblicas além das apresentadas por Strong. Hoje estava lendo o evangelho de João, profundo em cristologia, e me deparei com as seguintes palavras de Jesus dirigidas aos judeus: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Voltei rapidamente a João 1:14 e li: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” Rapidamente em minha mente surgiram as seguintes questões: (1) Quem habitou? (2) Como habitou? (3) Onde habitou? Questões que nos levam, inquestionavelmente, à visão de que a humanidade de Jesus foi temporária. Senão, vejamos.
1. Quem habitou entre nós não é era deste mundo. Não era antes de vir a este mundo e não era também enquanto esteve neste mundo. Ele se fez homem, mas continuou não sendo deste mundo. O Cristo, que se chamou Jesus quando veio ao mundo, nunca foi e nunca será deste mundo. Ele será sempre Deus, acima de todas as coisas, governando todas as coisas, estabelecendo a Sua justiça sobre todos. Quem habitou entre nós foi o único gerado do Pai, diferente de todos os homens, porque não foi criado por Deus, porém gerado por Ele. Por isso ele disse estando ainda neste mundo: “Eu sou de cima.”
2. A habitação do único gerado de Deus foi temporária. Ele não veio para ficar definitivamente, nem para ser homem definitivamente. Se ele não é deste mundo, não poderia sair deste mundo como se fosse dele. Em João 1.14 a palavra grega utilizada e traduzida por “habitou” é skenoo que significa viver em uma tenda. Uma tradução bastante literal, significando melhor o que João escreveu seria “E o Verbo se fez carne, e acampou entre nós". Cristo não fixou residência definitiva, porém habitou temporariamente entre nós.
3. O único gerado de Deus habitou entre os que são criaturas terrenas de Deus. Ele disse: “Vós sois de baixo” indicando que somos de outra realidade que Ele, de outro lugar. A expressão “entre nós”, utilizada por João também denota isto. Ele habitou entre seres que foram feitos por Deus, enquanto Ele saiu de Deus (João 8:42).O que se conclui é que Jesus nunca foi homem como nós, da nossa mesma linhagem, vindo de Adão. Ele se fez homem à parte de nós. Habitou em nosso meio como homem diferente de nós em uma habitação temporária que deixou ao retornar para o seio daquEle de quem saiu.
Este blog é destinado à publicação de estudos teológicos do Pr. Dinelcir de Souza Lima, baseados acima de tudo na revelação pessoal que Deus fez à humanidade através das Escrituras Sagradas, a Bíblia. Cremos que sem a revelação de Deus ao homem seria impossível conhecer Deus, por isso partimos do princípio que a Teologia só pode ser firmemente alicerçada a partir da Bíblia.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
A TEMPORALIDADE E A HUMANIDADE DE CRISTO
Há pouco tempo, conversando com um grupo de crentes em Cristo, foi levantada a seguinte questão: “Jesus voltou para o céu como homem ou como Deus?” Expus meu pensamento, o de que Ele voltou de posse da sua divindade que foi abandonada quando deixou a eternidade e se fez homem.
Assunto por demais interessante, me levou a pesquisar diversos autores de estudos teológicos a respeito de Jesus e observei que dois grandes teólogos se dividem nas opiniões a respeito deste assunto. Strong crê que Jesus voltou para o céu totalmente Deus e Chaffer crê que Jesus voltou para o céu como homem e Deus. Strong utiliza textos bíblicos em extensa argumentação e Chaffer apenas utiliza sua crença pessoal em breve argumentação.
Após examinar pensamentos de teólogos tão reconhecidamente sábios nas Escrituras, continuei com o pensamento de que Cristo voltou para o céu na plenitude da sua divindade, deixando a sua humanidade para trás.
Mas o assunto continua na minha mente, não como uma dúvida, porém no desejo de encontrar mais bases bíblicas além das apresentadas por Strong. Hoje estava lendo o evangelho de João, profundo em cristologia, e me deparei com as seguintes palavras de Jesus dirigidas aos judeus: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Voltei rapidamente a João 1:14 e li: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” Rapidamente em minha mente surgiram as seguintes questões: (1) Quem habitou? (2) Como habitou? (3) Onde habitou? Questões que nos levam, inquestionavelmente, à visão de que a humanidade de Jesus foi temporária. Senão, vejamos.
1. Quem habitou entre nós não é era deste mundo. Não era antes de vir a este mundo e não era também enquanto esteve neste mundo. Ele se fez homem, mas continuou não sendo deste mundo. O Cristo, que se chamou Jesus quando veio ao mundo, nunca foi e nunca será deste mundo. Ele será sempre Deus, acima de todas as coisas, governando todas as coisas, estabelecendo a Sua justiça sobre todos. Quem habitou entre nós foi o único gerado do Pai, diferente de todos os homens, porque não foi criado por Deus, porém gerado por Ele. Por isso ele disse estando ainda neste mundo: “Eu sou de cima.”
2. A habitação do único gerado de Deus foi temporária. Ele não veio para ficar definitivamente, nem para ser homem definitivamente. Se ele não é deste mundo, não poderia sair deste mundo como se fosse dele. Em João 1.14 a palavra grega utilizada e traduzida por “habitou” é skenoo que significa viver em uma tenda. Uma tradução bastante literal, significando melhor o que João escreveu seria “E o Verbo se fez carne, e acampou entre nós". Cristo não fixou residência definitiva, porém habitou temporariamente entre nós.
3. O único gerado de Deus habitou entre os que são criaturas terrenas de Deus. Ele disse: “Vós sois de baixo” indicando que somos de outra realidade que Ele, de outro lugar. A expressão “entre nós”, utilizada por João também denota isto. Ele habitou entre seres que foram feitos por Deus, enquanto Ele saiu de Deus (João 8:42).O que se conclui é que Jesus nunca foi homem como nós, da nossa mesma linhagem, vindo de Adão. Ele se fez homem à parte de nós. Habitou em nosso meio como homem diferente de nós em uma habitação temporária que deixou ao retornar para o seio daquEle de quem saiu.
Assunto por demais interessante, me levou a pesquisar diversos autores de estudos teológicos a respeito de Jesus e observei que dois grandes teólogos se dividem nas opiniões a respeito deste assunto. Strong crê que Jesus voltou para o céu totalmente Deus e Chaffer crê que Jesus voltou para o céu como homem e Deus. Strong utiliza textos bíblicos em extensa argumentação e Chaffer apenas utiliza sua crença pessoal em breve argumentação.
Após examinar pensamentos de teólogos tão reconhecidamente sábios nas Escrituras, continuei com o pensamento de que Cristo voltou para o céu na plenitude da sua divindade, deixando a sua humanidade para trás.
Mas o assunto continua na minha mente, não como uma dúvida, porém no desejo de encontrar mais bases bíblicas além das apresentadas por Strong. Hoje estava lendo o evangelho de João, profundo em cristologia, e me deparei com as seguintes palavras de Jesus dirigidas aos judeus: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Voltei rapidamente a João 1:14 e li: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” Rapidamente em minha mente surgiram as seguintes questões: (1) Quem habitou? (2) Como habitou? (3) Onde habitou? Questões que nos levam, inquestionavelmente, à visão de que a humanidade de Jesus foi temporária. Senão, vejamos.
1. Quem habitou entre nós não é era deste mundo. Não era antes de vir a este mundo e não era também enquanto esteve neste mundo. Ele se fez homem, mas continuou não sendo deste mundo. O Cristo, que se chamou Jesus quando veio ao mundo, nunca foi e nunca será deste mundo. Ele será sempre Deus, acima de todas as coisas, governando todas as coisas, estabelecendo a Sua justiça sobre todos. Quem habitou entre nós foi o único gerado do Pai, diferente de todos os homens, porque não foi criado por Deus, porém gerado por Ele. Por isso ele disse estando ainda neste mundo: “Eu sou de cima.”
2. A habitação do único gerado de Deus foi temporária. Ele não veio para ficar definitivamente, nem para ser homem definitivamente. Se ele não é deste mundo, não poderia sair deste mundo como se fosse dele. Em João 1.14 a palavra grega utilizada e traduzida por “habitou” é skenoo que significa viver em uma tenda. Uma tradução bastante literal, significando melhor o que João escreveu seria “E o Verbo se fez carne, e acampou entre nós". Cristo não fixou residência definitiva, porém habitou temporariamente entre nós.
3. O único gerado de Deus habitou entre os que são criaturas terrenas de Deus. Ele disse: “Vós sois de baixo” indicando que somos de outra realidade que Ele, de outro lugar. A expressão “entre nós”, utilizada por João também denota isto. Ele habitou entre seres que foram feitos por Deus, enquanto Ele saiu de Deus (João 8:42).O que se conclui é que Jesus nunca foi homem como nós, da nossa mesma linhagem, vindo de Adão. Ele se fez homem à parte de nós. Habitou em nosso meio como homem diferente de nós em uma habitação temporária que deixou ao retornar para o seio daquEle de quem saiu.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A GARANTIA DA SALVAÇÃO
Pouco se discute hoje a respeito de salvação, muito menos a respeito da garantia da salvação. O homem ficou tão voltado para a materialidade que pouco, ou nunca, pensa na sua parte espiritual, a sua alma. Por isso não pensa na salvação dela e vive uma religiosidade voltada para o aqui e agora. Uma religiosidade que "salva" somente no nível material.
Também, por se pensar pouco na salvação da alma, pouco se pensa na garantia da salvação. Vive-se religiosidades as mais diversas como se através do exercício religioso a salvação pudesse ser alcançada. Ora, o que é para ser alcançado através de um exercício não tem garantia de ser alcançado.
No entanto, Jesus Cristo foi quem alcançou a nossa salvação e foi ele, também, quem garantiu e continua garantindo a nossa salvação. Em João 5.24 lemos de Jesus afirmando: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." Ele afirmou a garantia da salvação para quem crê na providência de Deus para a sua salvação, dando ouvidos às palavras dEle. Afirmou, também, a garantia da salvação em três tempos, o que a torna irrefutável: No presente - "Tem a vida eterna". No futuro - "Não entrará em condenação". No passado - "Passou da morte para a vida."
Também, por se pensar pouco na salvação da alma, pouco se pensa na garantia da salvação. Vive-se religiosidades as mais diversas como se através do exercício religioso a salvação pudesse ser alcançada. Ora, o que é para ser alcançado através de um exercício não tem garantia de ser alcançado.
No entanto, Jesus Cristo foi quem alcançou a nossa salvação e foi ele, também, quem garantiu e continua garantindo a nossa salvação. Em João 5.24 lemos de Jesus afirmando: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." Ele afirmou a garantia da salvação para quem crê na providência de Deus para a sua salvação, dando ouvidos às palavras dEle. Afirmou, também, a garantia da salvação em três tempos, o que a torna irrefutável: No presente - "Tem a vida eterna". No futuro - "Não entrará em condenação". No passado - "Passou da morte para a vida."
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